Crise nas famílias portuguesas
O modesto crescimento económico dos últimos anos está associado, sobretudo, ao abrandamento da procura interna, em virtude do processo de correcção dosdesequilíbrios macroeconómicos acumulados a partir do final da década de 90, e que se traduziu, em particular, numa moderação do investimento, público e privado, mas também num menor crescimento do consumo. Paralelamente, a ocorrência de choques externos negativos (aumento dos preços dos produtos petrolíferos e alimentares bem como o aumento da concorrência internacional) conduziu a um enquadramento externo menos favorável e a uma limitação do crescimento da procura externa. Não obstante o mau enquadramento externo experimentado desde 2004, a verdade é que em 2006 e 2007 as exportações cresceram, evolução acompanhada pelo investimento empresarial. Até 2006, Portugal não estava a ser capaz de contrair o efeito dos choques; a partir dessa data conseguiu manter quota de mercado. Comparando o desempenho da economia nos três anos subsequentes ao ano de recessão, 2003, com o observado nos períodos homólogos das