Crime 1111

593 palavras 3 páginas
O filme aborda quer a vertente punitiva quer a vertente preventiva, ainda que não aquela que ocorre antes da existência do crime e que se revela eficaz. Como referido, numa primeira instância, a punição é abordada com a aplicação de uma pena de prisão efetiva, na qual o indivíduo é responsabilizado pelos seus crimes e pressupondo o limite à sua liberdade. Neste sentido, a punição atua como uma dissuasão para o protagonista e para a sociedade em geral, uma vez que um dos objetivos é causar medo para que não haja prática criminal. A prevenção retratada é a terciária, intervindo no delinquente depois do ato criminal e objetivando a minimização das suas infrações, nomeadamente a reincidência. Esta prevenção está em maior evidência quando ele se propõe ao programa Ludovico onde lhe é forçada a visualização de filmes acerca de atos violentos com os quais ele estava familiarizado, ao mesmo tempo que lhe é injetada um droga que lhe induz enjoos. Alex continua com os desejos de cometer atos de violência mas com o programa torna-se assim incapaz de agir em violência pois lhe causa mau estar físico imediato (vómitos).
Esta prevenção não se encontra de todo bem retratada, uma vez que o protagonista é privado da sua liberdade, o que constitui um direito, liberdade e garantia, bem como quando está a ser alvo do estudo a sua integridade física, emocional e moral (distinguir o bem do mal) encontram-se em risco. Por outro lado, pretendia-se obstaculizar o indivíduo da prática criminal através dos estímulos que lhe provocavam desconforto. Neste seguimento, o conceito de prevenção propriamente dito que tem como objetivo, do ponto de vista etiológico, intervir de forma positiva para que se neutralize a causa do delito não se encontra presente, sendo tudo aquilo que não deveria ser.
A Escola Clássica trazia o entendimento de que não há cura, pois não há doença. O entendimento dessa Escola tinha o foco no delito, não no individuo, tentando entender de onde provem a motivação do

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