Crença verdadeira justificada
CONHECIMENTO COMO CRENÇA VERDADEIRA JUSTIFICADA
Conhecimento e Crença
A teoria tradicional sustenta que para que haja conhecimento é necessário que estejam reunidas três condições:
a) Crença (ou Convicção). Ninguém conhece nada, se não acreditar naquilo que lhe dado conhecer. Desta afirmação não se pode inferir que saber e acreditar sejam mesma coisa.
b) Verdade. Não basta acreditar para que haja conhecimento, é necessário que aquilo em que acreditamos corresponda a algo real. O conhecimento é inseparável da verdade. As nossas crenças têm que corresponder a algo que possa ser visto, verificado, provado. Daqui não podemos inferir que todas as crenças que se revelem verdadeiras, e por consequência as possamos considerar conhecimento.
Exemplo: Posso estar convencido que um dado número irá sair na lotaria, mas se tal por hipótese ocorrer, isto não significa que possamos falar em conhecimento.
c) Justificação. Uma "crença" que se revela "verdadeira" não é nenhum conhecimento. Para que possamos considerar algo como conhecimento é necessário também que este se seja justificado por um conjunto de bons argumentos racionais, capazes de nos convencer que não se trata de um mero acaso ou coincidência.
Não podemos por último concluir uma "crença justificada" seja um conhecimento, é necessário que também seja verdadeira. Neste sentido, podemos definir o conhecimento como uma "crença verdadeira justificada".
A principal objecção a esta Teoria radica no facto destes conceitos aplicados ao conhecimento não serem tomados de forma absoluta, o que pode dar origem a falsidades. A crença pode ser mais ou menos forte; a verdade questionável; a justificação mais ou menos conclusiva.
Jan./2014