Credito rural
1.1- Contextualização do Problema
Financiamentos Agrícolas
O processo de financiamento da agricultura brasileira seguiu diferentes padrões ao longo da história. No início da formação econômica brasileira, com o surgimento do cilclo do açúcar, os recursos necessários vinham de Portugal. No período da economia cafeeira, o financiamento da produção era realizado palos comissários até que,com a abolição da escravatura e a necessidade de um volume maior de recursos para o setor agrícola, o Governo passou a atuar no setor com a utilização de recursos captados do exterior.
O modelo de desenvolvimento existente até os anos 30, o modelo agrário-exportador, caracterizava a economia como dependente do exterior. A partir dos anos 30, quando houve a passagem do dinamismo da economia do setor agrário-exportador para o setor urbano-industrial, a agricultura de mercado interno passou a receber amparo oficial com a criação da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil (CREAI), em 1937; com a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), em 1943; e através do Regime de Ágios e Bonificações, em 1953, que atuava no processo de modernização da agricultura brasileira.
Um marco na história dos financiamentos no Brasil, foi a criação, em 1965, do Sistema de Crédito Rural (SNCR), com o objetivo de integrar a agricultura com o processo de modernização da economia nacional. Para atender a esse objetivo, o crédito era oferecido para incentivar a utilização dos chamados “insumos modernos” e aumentar a produção e a produtividade, tornando os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional, além de fornecer, ao setor agrícola, melhores condições que no mercado financeiro, como facilidade de acesso ao crédito, taxas de juros favorecidas e prazos maiores. As principais fontes de financiamento do crédito rural eram a aplicação compulsória dos bancos comerciais e os recursos provenientes das Autoridades Monetárias. Este foi o padrão de