Cotidiano e conhecimento: uma relação de encontros e embates
Giselly Aguiar Pires da Cruz1
“A prática educativa é tudo isso: afetividade, alegria, capacidade científica, domínio técnico a serviço da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje”.
(Paulo Freire, 2002)
Resumo O presente artigo visa apresentar criticamente a prática de uma educadora envolvida na Educação Infantil. O objetivo é trazer algumas fontes bibliográficas e fazê-las bases para reinventar a relação com as crianças, renovar o desejo de pesquisa que deve ser constante nos estudiosos da área de Educação e ainda, trazer para mais próximos dos educadores, teorias e idéias que podem influenciar positiva e diretamente nas práticas cotidianas.
o cotidiano de nós educadores Diversas vezes nós educadores nos encontramos em situações que julgamos serem “becos sem saídas”, planejamentos e projetos políticos pedagógicos que se confrontam com nossas idéias e principalmente, com o desejo das crianças. Acredito que situações como estas são oportunidade de pesquisarmos e buscarmos alternativas de um “fazer diferente” que perpassa a nossa condição de pesquisador, educador e ser humano inserido num contexto social e histórico. Desafios como estes acontecem ou aconteceram em algum momento na vida de muitos de nós educadores, são nestes momentos que precisamos fundamentar nossas idéias e fortalecer as bases de nossa atuação e relação com as crianças. O artigo em questão foi elaborado a partir da observação realizada em uma turma de Jardim I de uma creche particular no Rio de Janeiro - RJ. Na escola existem cerca de noventa crianças, do Berçário ao 1º ano do Ensino Fundamental. O público atendido instituição da Zona Norte é de classe média. A divisão dos segmentos é realizada seguindo o critério clássico de faixa etária. Estas turmas são divididas em dois grandes grupos: Creche (Berçário ao Jardim I) e Pré-Escola (Jardim II ao 1º ano). A proposta pedagógica da