Cotas raciais
Professor: Ana Carla Portela
1º Técnico Informática - Vespertino
Aluno: Marinaldo S. Oliveira
Cotas Raciais: Reparação ou Justiça?
Desde o fim da escravatura existe um abismo que separa brancos de negros. A lei áurea não teve a intenção de transformar coisa em gente da noite para dia. Foram mais de 350 anos que: de um lado foi se negado o direito a educação, saúde e terras a um povo e do outro, alguém veio acumulando riquezas em virtude desta escravidão. Diversas pesquisas de institutos públicos e privados dizem que ser negro, mesmo hoje, ainda é motivo de se estar alijado das riquezas econômicas e intelectuais do país. Vivemos sob domínio de um mito, uma ilusão, uma hipocrisia chamada “Democracia Racial”, que nos impede de enxergar a verdadeira situação do negro no país e, mesmo tendo tantos indicadores sociais e econômicos relatando sua inexistência, tentam escondê-la sobre as questões sociais, ou seja, sob a pobreza. Não se trata de trazer à tona a questão do racismo, apesar dele existir de uma forma velada mas, de reduzir o abismo histórico entre etnias, promovendo um contato até então pouco comum, ou seja, dentro da universidade.
A legitimidade das Cotas Raciais
Há anos vem se debatendo sobre a constitucionalidade, seja ela legal ou moral, que gira em torno das “Cotas Raciais”, questionando-se a criação de um “racismo ao avesso”, ou seja, os brancos que estariam sendo descriminalizados em função de sua cor. O próprio STF (Supremo Tribunal Federal), que é formado por dez ministros, em 2012 decidiu por unanimidade a favor das cotas por entender necessárias as políticas de ação afirmativa para acesso ao ensino superior. Tomando por base uma matéria da Folha de São Paulo, fazendo referencia a USP, considerada a melhor universidade do país, trazia os seguintes dados: num universo de 774 alunos matriculados nos dez cursos mais concorridos, apenas 4 são negros. Ou seja, 0,5% dos alunos, num país