costa e silva
Após a saída de Castelo Branco do governo, em março de 1967, o aumento dos protestos contra o regime militar abriu caminho para que os militares da chamada “linha dura” guiasse a vida política do país com o objetivo de desarticular as oposições. Dessa maneira, a candidatura de Arthur Costa e Silva – expressivo líder dos setores mais repressivos – ganhou força para que as liberdades democráticas fossem aniquiladas e o regime finalmente consolidado.
Economia
No campo econômico, o governo Costa e Silva buscou aplicar uma política de desenvolvimento capaz de aproximar os setores médios ao novo regime. Por isso, Costa e Silva convocou os tecnocratas para assumir dois importantes postos ministeriais: Delfim Neto para o Ministério da Fazenda e Hélio Beltrão no Ministério do Planejamento. Com o apoio dessas duas figuras, o governo desenvolveu o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG).
Esse plano tinha como principais metas conter o processo inflacionário e a retomada do crescimento econômico nacional. Para tanto, o governo empreendeu uma série de mudanças que reduziam o consumo por meio do congelamento salarial e a abertura da economia ao capital estrangeiro. Ao mesmo tempo, os militares favoreceram os trabalhadores especializados de classe média abrindo a concessão de créditos para que essa parcela da população vivesse uma eufórica possibilidade de consumo.
Politica No cenário político da época observamos uma interessante movimentação onde apoiadores do regime passaram a se voltar contra o mesmo. Carlos Lacerda, um dos colaboradores do golpe, se uniu a outras figuras políticas da época para formar a chamada Frente Ampla, grupo político que exigia a reinstalação dos governos civis e a preservação da soberania nacional. Entretanto, a extinção dos direitos políticos e o fechamento dos partidos enfraqueceu a continuidade da Frente.
O fechamento das vias oficiais de atuação política acabou transferindo um importante papel de oposição