Correntes comunicativas
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS E PRÁTICAS EM LIBRAS II
agosto de 2012
Atividade 2
Correntes Comunicativas
No reino animal, nascer sem as mesmas características que os demais pode acarretar abandono e morte. Entre nós humanos, até pouco tempo atrás, em termos históricos, havia um comportamento semelhante, quem nascesse com alguma “anomalia” sofreria, além das dificuldades já impostas naturalmente por tal condição, o desprezo e a exclusão social. Embora, infelizmente, ainda hoje não tenhamos alcançado o ideal de uma sociedade em que todos sejam tratados com igualdade e o caráter sejam a característica mais valorizada no indivíduo, percebemos avanços no sentido de incluir, respeitar e auxiliar os chamados “deficientes” (termo infeliz e inexato, já que, não raro, a carência de algum atributo como visão ou audição pode ser compensada com outro talento que falta a maioria dos “normais”).
Exemplo disso podemos encontrar na história da educação dos deficientes auditivos ou surdos. Outrora excluídos do processo de educação formal pela aparente barreira da dificuldade de comunicação, viram surgir pensadores preocupados em incluí-los socialmente para que pudessem gozar de seus direitos civis, buscando formas de superar tal barreira.
A primeira perspectiva a buscar esse objetivo, a corrente oralista, ainda compreendia a surdez essencialmente como patologia, uma carência que colocava seu portador em desvantagem e o tornava inferior. Nessa perspectiva, a capacidade de se comunicar oralmente era considerada atributo essencial sem o qual a comunicação e a participação no convívio social não seriam eficientes. Assim, as instituições incumbidas da educação dos surdos visava obriga-los a abster-se de tentar se comunicar de qualquer forma que não a oral, como através de gestos e sinais. A surdez deveria ser superada através da adequação do surdo ao contexto e perspectiva do resto da sociedade ouvinte, caberia ao