Funcionalismo
“O funcionalismo é uma corrente linguística que, em oposição ao gerativismo, se preocupa em estudar a relação entre a estrutura da gramatical das línguas e os diferentes contextos comunicativos em que elas são usadas.”
“Os funcionalistas concebem a linguagem como instrumento de interação sócia, alinhando-se, assim, à tendência que analisa a relação entre linguagem e sociedade. (...) A abordagem funcionalista procura explicar as regularidades observadas no uso interativo da língua, analisando as condições discursivas em que se verifica esse uso.”
“Na análise de cunho funcionalista, os enunciados e os textos são relacionados às funções que eles desempenham na comunicação interpessoal. Ou seja, o funcionalismo procura essencialmente trabalhar com dados reais de fala ou escrita retirados de contextos efetivos da comunicação, evitando lidar com frases inventadas dissociadas de sua função no ato da comunicação. (...) em contraposição à postura gerativista, que considera que os universais derivam de uma herança linguística genética comum a espécie humana.”
“Funcionalistas e gerativistas divergem também com relação ao processo de aquisição de linguagem. Os funcionalistas tendem a explicá-lo em termos do desenvolvimento das necessidades e habilidades comunicativas da criança na sociedade. (...) Os gerativista, por outro lado, explicam a capacidade aquisição da linguagem em termos de uma capacidade humana específica para a aprendizagem da língua.”
“Ao mencionarmos a ideia de uma capacidade cognitiva rica, frisamos mais uma importante característica do funcionalismo: a visão de que a linguagem não constitui um conhecimento específico, como propõem os gerativistas, mas um conjunto complexo de atividades comunicativas, sociais e cognitivas integradas ao resto da psicologia humana.”
“A língua não constitui um conhecimento autônomo, independente do comportamento social, ao contrário, reflete uma adaptação, pelo falante, às diferentes situações