Contratos
REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA
Cariacica
2013
REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA
A partir dos anos 70 o modo de produção capitalista passa por uma crise após um período de acumulação de capitais, chamado de anos dourados, caracterizado pela internacionalização da produção industrial e de serviço, expansão do comércio internacional e concentração acentuada do capital, sob a hegemonia dos Estados Unidos no mercado mundial. (Alves, 1996).
O período de crise é decorrente de um complexo de determinações que se desenvolveram, de modo cumulativo, nos períodos de expansão do capitalismo e pode ser considerada uma crise de superprodução clássica, com peculiaridades sócio históricas que as distinguem das outras crises.
Segundo Antunes (1999, p.31-32), os elementos constitutivos mais evidentes dessa crise podem ser identificados na queda da taxa de lucro, que levou ao esgotamento do padrão de acumulação taylorista/fordista de produção, dado pela incapacidade de responder à retração do consumo que se acentuava, consequência do desemprego estrutural que se iniciava na hipertrofia do capital financeiro, constituindo-se em um campo prioritário para a especulação, na nova fase do processo de internacionalização; na maior concentração de capitais graças às fusões entre as empresas monopolistas e oligopolistas; a crise do Welfare State ou do “Estado de bem-estar social” e seus mecanismos de funcionamento, levando a crise fiscal do Estado capitalista e a necessidade de retração dos gastos públicos e sua transferência para o capital privado, levando ao aumento acentuado de privatizações.
Como resposta a esta crise, visando à recuperação do ciclo produtivo do capital, foi implementado um amplo processo de reestruturação produtiva - caracterizada pela desregulamentação dos direitos do trabalho e dos direitos sociopolíticos conquistados – é o sistema ideológico e político de dominação conhecida como