Contrapondo hobbes e kant
Thomas Hobbes e Immanuel Kant Na visão de Hobbes, o homem é mau, cruel, ambicioso e egoísta. Desprovido de conceito de justiça, o homem de Hobbes ignora as leis e segue somente seus desejos intrínsecos e suas paixões, fatores que levam a uma constante desarmonia e disputa pelo poder. Existe um equilíbrio entre as forças, o que resulta em um medo constante de ser atacado e uma disputa pelos recursos, que por sua vez são escassos.
Para resolver essa situação, é necessário um contrato social. Em nome da segurança e da liberdade, se abre mão dos meios de violência para estabelecer a paz. Porém, de natureza egoísta, o homem necessita de um soberano, cujo tenha poder para punir aqueles que descumprem o contrato social, esse soberano se dá pela formação de um Estado (Leviatã). Em nome da paz interna, os membros desta sociedade devem abrir mão do seu direito a tudo para que o soberano possa punir aqueles que vão contra a paz comum.
A formação do Estado pode se dar por meio das armas ou por meio de um consenso, onde os participantes devem escolher um governante ou um grupo de governantes para assumir o poder. A única liberdade total é a do soberano, pois ele é o único a ter as armas de coerção. A liberdade dos súditos é a liberdade possível, aquela que o Estado permite. Se o soberano não cumprir com a função de garantir a segurança da sociedade, ele deve ser deposto.
Kant concordo com o pensamento de Hobbes em relação a existência de um estado de natureza, onde há uma tensão e possibilidade de conflito, já que todos estão numa posição igualitária de poder e não existem restrições entre o que é de um e de todos. A teoria kantiana também faz uso do contrato social como a saída possível da situação selvagem em que a sociedade se encontra para a de formação civil, cedendo sua condição de plena liberdade para o Estado, assim conseguindo o bem para todos.
Um dos antagonismos existentes entre o pensamento de Thomas Hobbes e Immanuel