Contradições do nordeste
O primeiro pensamento que se têm quando falamos em Nordeste é seca, escassez de água e de alimentos para uma população humilde, mal cuidada, etc. O que deveríamos ter em mente é que já não é bem assim há muito tempo. Se é que um dia o Nordeste pode ser realmente descrito com essa imagem abominável e preconceituosa. O Nordeste tem os seus problemas, sim. É a região mais pobre do Brasil, com os piores indicadores socioeconômicos de todo o país, tais como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esses indicadores são mais graves nas áreas rurais e no sertão nordestino, que sofre com os longos períodos sem chuva, além das estiagens constantes. Setenta por cento de cerca de mil municípios com o menor índice de desenvolvimento humano do país estão em áreas semi-áridas ou sub-úmidas. Mesmo assim, não se pode afirmar que há uma relação direta entre a pobreza e o clima semi-árido da região, sendo que várias cidades nordestinas, bastante áridas, possuem um IDH maior que o de outras mais úmidas. De qualquer maneira, esses dados vêm se modificando consideravelmente. Na verdade, o Nordeste é hoje a região que mais vem crescendo no Brasil, causando até o que podemos chamar de “inversão migratória”, ou seja, agora são as pessoas de outras regiões que estão indo para lá, com a finalidade de conseguir maiores oportunidades para melhoras significativas na qualidade de vida. Hoje o povo do interior nordestino só sai de sua região por opção, não mais por necessidade. Agora eles encontram o que precisam onde vivem. Para começar a falar sobre essa região de condições climáticas extremamente favoráveis e sobre o seu desenvolvimento monstruoso citemos então, sua economia: Baseada na agroindústria do açúcar e do cacau, a economia nordestina também abrange áreas como o petróleo, que é explorado no litoral e na plataforma continental, sendo processado na refinaria de Camaçari, também no estado da Bahia. O setor de turismo, por sua vez, tem demonstrado