Contraceptivos
Introdução
Os estrogênios relacionam-se com o desenvolvimento das mamas, distribuição da gordura corporal, fechamento das epífises dos ossos longos, além de contribuem para o crescimento dos pelos axilares e pubianos. Em quantidades maiores estimulam a pigmentação da pele, têm efeitos sobre o crescimento do músculo uterino, desenvolvimento do revestimento endometrial. A exposição contínua por períodos prolongados a estrogênio leva a hiperplasia do endométrio. Os naturais são estradiol, estrona e estriol. Nas mulheres normais, a quantidade de estrogênio varia durante o ciclo menstrual, sendo baixa durante a maior parte de ciclo e alta no período pré ovulatório. Os estrogênios sintéticos mostraram maior eficácia na administração VO. Além disso, existem compostos não esteroides com atividade estrogênica, como o dienestrol. Não devem ser utilizados em pacientes com neoplasias estrogênio dependentes, como carcinoma do endométrio, pacientes com carcinoma de mama (ou com alto risco de desenvolvê-lo). Seu uso deve ser evitado em pacientes com sangramento genital não diagnosticado, hepatopatia ou com história de distúrbio tromboembolico e fumantes. A progesterona é sintetizada a partir do colesterol, sendo precursora de estrogênios, androgênios e esteroides cortico adrenais. É sintetizada no ovário (pelo corpo lúteo), testículos e adrenais. Durante a gravidez, a placenta também a produz e secreta. Foi introduzido um novo grupo de progestinas sintéticas de 3ª geração, principalmente como componentes de anticoncepcionais orais. Esses compostos esteroides, incluem o desogestrel, gestodene e norgestimato. Acredita-se que tenha menor atividade androgênica do que as mais antigas, por inibirem melhor as gonadotropinas. Parece favorecer a deposição de gordura, aumenta os níveis basais de insulina e a sua resposta a glicose, promovendo a glicogênese. Parece competir com a aldosterona pelo receptor de mineralocorticoides no