Contra reforma
O movimento reformista católico, também conhecido como Contra Reforma, se desenvolveu desde a Idade Média quando os clérigos já percebiam a necessidade de uma revisão nas práticas eclesiásticas. No entanto, a tomada de ações mais incisivas contra a fragmentação do poder religioso só se desenvolveu com o aparecimento das religiões protestantes. Uma das primeiras medidas tomadas pela Igreja foi restabelecer o Tribunal do Santo Ofício, que atuou na Idade Média contra os movimentos heréticos.
Durante o mandato do papa Paulo III (1468 – 1549) foi organizado um dos mais importantes eventos da história católica: o Concílio de Trento. Essa reunião teve como principal objetivo buscar uma definição da Igreja frente ao estabelecimento das religiões protestantes. Após os debates foi definida a reafirmação dos dogmas católicos, a preservação de todos os atos litúrgicos, a confirmação da transubstanciação, do celibato e da hierarquia clerical.
Com relação à crise moral vivida no interior da Igreja, os participantes do Concílio reprovaram a venda de indulgências e incentivaram a criação de seminários teológicos responsáveis por aprimorar a formação religiosa dos futuros integrantes da Igreja. Em uma das reuniões realizadas pelos líderes católicos, ficou definido o “Index Librorum Proibitorum”, que consistia em uma relação de obras que não deveriam ser apreciadas pelos verdadeiros católicos cristãos.
Entre outros livros relacionados estavam o “Elogio da Loucura” (Erasmo de Roterdã), as traduções protestantes da Bíblia, as obras do italiano Boccaccio e o Livro da Oración (Frei Luís de Granada). Outra ação que marcou o movimento da Contra Reforma foi a criação das ordens religiosas. A mais importante delas foi a Companhia de Jesus, criada pelo clérigo Inácio de Loyola, fundada em 1540. Seu papel foi de grande importância na conversão religiosa dos povos colonizados no continente americano.
A partir de então, a Igreja conseguiu fortalecer os seus laços e