Contemporânea

1567 palavras 7 páginas
“Ou Deus quer eliminar o mal do mundo, mas não pode; ou pode, mas não quer fazê-lo; ou não pode nem quer fazê-lo; ou pode e quer eliminá-lo. Se quer e não pode, é impotente; se pode e não quer, não nos ama; se não quer nem pode, além de não ser um Deus bondoso, é impotente; se pode e quer – e esta é a única alternativa que, como Deus, lhe diz respeito –, de onde vem, então, o mal real e por que não o elimina de uma vez por todas?”
Epicuro

1. Introdução

Já entramos no Século XXI, mas a teologia continua a se debater para tentar levantar uma resposta satisfatória para o problema do sofrimento. Dentro das mais diferentes vertentes cristãs que vemos atualmente, o Deus Amor segue, diante do olhar de muitos, irreconciliável com a dor.
A própria humanidade não consegue entrar em acordo em relação ao sofrimento. Encontramos homens que tentaram definir o mal, embora cada um discordasse em relação a sua fonte ou extensão. Temos propostas de que o mal é o estado básico da humanidade (Freud), resultado de má gerencia política-econômica (Marx) e até de tentativas de substituir Deus pelo próprio homem (Nietzche), entre muitas outras.
Esta questão tem incomodado a humanidade à séculos (Como podemos ver na citação que inicia o texto) e o braço atuante da teologia (a Igreja) ao invés de estar lado a lado com a sociedade, levando uma proposta que realmente pode resolver esta questão, tem se marginalizado, servindo atualmente como apoio às pessoas, ajudando a amenizar os “sintomas” mas não se atrevendo a anunciar uma cura.
Os grandes best-sellers cristãos atuais levantam a temática de um Deus que entende o meu sofrimento, e que quer mudar a minha situação, mas poucos escritos debatem a questão da minha responsabilidade enquanto igreja em buscar a solução, não apenas do meu problema, como também a instauração do Reino justo e amoroso de Deus em meio a sociedade.
O momento que o mundo vive está saturado de violência, e grande parte dela relacionada a confissões

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