arte contemporânea
Além disso, o autor comenta que a arte contemporânea, em um contexto pós-industrial dominado pelo capital, apenas “refletiria” ou “resistiria” à conformação socioeconômica da sociedade. Tese corroborada pelo surgimento de temas e idéias “globais” responsáveis pela expansão geográfica de instituições tradicionais uniformizantes.
Rajchman defende que o afastamento do elemento de “desaprendizado” da filosofia e do entendimento da arte na arte e por meio da arte faz com que a arte contemporânea perca seu caráter transgressor. E, por isso, defende que quando se trata da “institucionalização” de idéias ou de pesquisa nas academias de arte é preciso incluir o elemento “ter uma idéia” (do qual faz parte o elemento geográfico).
A arte contemporânea é uma arte sem transgressão porque desencoraja narrativas mais complexas, de forma que o passado modernista se fecha à invenção ou reinvenção. Tal fechamento, segundo o autor, é gerado por narrativas reducionistas sobre o fim da arte e o modernismo, as quais impedem que a arte seja relacionada a campos mais amplos do conhecimento. O que tornaria possível a criação de espaços de troca e interferência entre disciplinas e impediria a identificação da arte com formas dadas de falar e ver, próximas ao “senso comum”.
Além disso, o autor comenta que a arte contemporânea, em um contexto pós-industrial dominado pelo capital, apenas “refletiria” ou “resistiria” à conformação socioeconômica da sociedade.