Contemporânea
A esperança e o medo: A convocação dos Estados gerais suscitou no povo uma emoção profunda. A mentalidade revolucionária precisou-se, de início, naturalmente, nas conseqüências individuais e nas fileiras burguesas. A mentalidade do Terceiro estava longe, sem dúvida, de uniforme: camponeses, artesãos e burgueses sofriam diretamente o Antigo Regime.
Mas as condições gerais da economia e da sociedade, como as condições políticas, erguiam o conjunto do Terceiro contra a aristocracia e o poder real do fiador do privilégio. A reunião dos Estados gerais foi acolhida como uma boa notícia anunciadora de tempos novos. Esta esperança alimentou o idealismo revolucionário, inflamou os voluntários.
Na Mentalidade camponesa, o senhor só poderia estar apegado à sua superioridade social e a sua renda. O burguês o mesmo do privilégio. O comportamento da aristocracia fortificava estas crenças, a sua oposição à duplicação do Terceiro.
A crise econômica reforçava a inquietação, de vez que o aristocrata era o mais das vezes o coletor do imposto das searas e ou dizimeiro, a vontade punitiva respondia a uma concepção confusa da justiça popular, a burguesia revolucionária, à qual a violência não repugnava.
Os massacres populares só findaram quando o governo revolucionário se reforçou e a Convenção legalizou a repressão. O medo, com seu cortejo de violências não desapareceram se não quando o complô aristocrático e a contra-revolução foram enfim liquidados.
Para mobilizar as massas existiam os clubes, e o maior era o clube dos Jacobinos, onde mais que pelas doutrinas evoluíram ao ritmo da revolução. E o clube era a força viva do movimento revolucionário. Mas a sociedade matriz dava impulso aos clubes afiliados, por causa disso os jacobinos encerraram no corpo político, as sociedades afiliadas repercutiam bem depressa a palavra de ordem.
A Guarda Nacional foi uma instituição civil que possuía uma organização militar, e que o papel