CONTAR HISTÓRIA
No texto “O mundo”, do “Livro dos Abraços”, de Eduardo Galeno, o autor dirigiu seu pensamento ao universo cultural, elaborando sua teoria a partir das diversidades sociais. Segundo o personagem da história do homem simples, da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, através do sonho por ele inventado, nos mostra, através da sua humildade, a realidade em que vivemos, em mundo cheio de diversidades culturais e sociais e a maneira como lidamos com esta realidade, dentro da cultura em que nos é apresentada e com a qual convivemos cotidianamente. Galeano ensina através do personagem que “cada pessoa brilha com luz própria entre todos os outros”. Isso nos leva a crer que somos únicos, embora iguais, únicos, com digitais diferentes, pensares opostos, caminhos e sendas diferentes. “Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores”. Mas não iguais. Somos, pois, seres humanos, filhos da mesma árvore genealógica, todavia com cabeças e pensamentos diferentes e diversos. O mundo é isso. Pessoas iguais, mas com pensamentos diferentes. Desta forma têm aí as diversidades culturais e sociais que trata a resolução Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010.
Em sínteses, quando o velho aldeão fala em fogueiras grandes, faz referencia aos ricos e poderosos. Em contrapartida, as fogueiras pequenas vem representado pelos pobres e divorciados da boa sorte. De igual modo, fogueiras de todas as cores. Somos seres humanos, nascidos do mesmo berço, mas de etnias as mais diversas, de línguas as mais complicadas, motivo pela qual a educação em sala de aula tem que ser planejada de acordo com o que propõe as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a educação básica.
Visto lá do alto, de perto das estrelas, completa o personagem de Eduardo, somos um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Com isso, fica claro que vivemos em plena cultura da aparência. Cada pessoa brilha com luz própria