POR QUE CONTAR HISTÓRIAS
“Era uma vez...” tem sido a senha para se entrar no maravilhoso mundo dos contos, mitos, lendas e fábulas. Basta que alguém diga essas três palavrinhas mágicas que o encanto acontece, e nós adultos e crianças, como que hipnotizados, esperamos que o contador prossiga com sua narrativa. Por que isso acontece? Porque ao ouvirmos uma história temos a possibilidade de refletir sobre a vida, sobre a morte, sobre nossas atitudes e escolhas, pois elas nos falam de dor, luta, compreensão, compaixão, solidariedade, esperança e vitória! Porque elas proporcionam um grande prazer e são uma necessidade do ser humano, seja ele adulto ou criança. Como educadores, podemos utilizar as histórias para introduzir conteúdos de português, matemática, geografia, história, ciências, etc., estimulando o desejo de ler, favorecendo a compreensão das formas de expressão oral, escrita e a seqüência narrativa dos fatos. Há um verdadeiro tesouro de histórias que abre as portas do imaginário, fazendo com que o aprendizado seja um momento rico e prazeroso. Enfim, quando aprendemos por intermédio das histórias, nunca nos esquecemos, pois esse é um aprendizado que dura para sempre. E não há exagero nenhum em dizer que toda alma, para ser saudável, precisa ser alimentada com boas e inesquecíveis histórias! Ninguém sabe qual foi a primeira história nem quem a contou, pois elas são tão antigas quanto as comunidades humanas. Sua fonte natural é o povo, que, sentindo a necessidade de explicar os fatos e os fenômenos da natureza que lhe causavam tanto medo e admiração, sem poder compreendê-los racionalmente, e também pela necessidade de transmitir suas impressões, experiências, valores, crenças, costumes, normas, a saga de seus guerreiros e heróis, os acontecimentos sentimentais ou místicos, acabaram criando e recriando situações, pessoas, lugares, sonhos e transformando em histórias, mitos e lendas, que eram repassados de geração a geração, de povo a povo, pela