arborização
Uma árvore como uma mangueira pode transpirar até 80 litros de água em um dia. Esta quantidade de água, que é absorvida do solo e expelida para o ar, tem profundo impacto no microclima do entorno da árvore. Mapas de temperaturas de cidades demonstram que regiões mais arborizadas apresentam temperaturas médias mais amenas que em áreas pouco arborizadas e densamente urbanizadas. A estreita relação entre conforto térmico e áreas arborizadas tem chamado cada vez mais a atenção da sociedade devido as ilhas de calor formadas nas cidades, assim como a possibilidade de reduzir o consumo energético de aparelhos de ar condicionado e um aumento na qualidade de vida das pessoas que vivem em grande centros urbanos. Um importante instrumento para a regulação do clima urbano, principalmente no controle da poluição atmosférica, na amenização da temperatura, no aumento da umidade, são as áreas verdes urbanas que proporcionam uma melhoria da qualidade de vida das pessoas (SOUCH e GRIMMOND, 2006; ZOULIA, 2009; SHASHUA-BAR et al., 2010) . O conforto térmico que se instala em áreas arborizadas é decorrente da função fisiológica de transpiração dos indivíduos arbóreos que agem como verdadeiras bombas naturais de água. A água é extraída do solo e eliminada no ar, através de um sistema de diferença de potenciais. A transpiração vegetal corresponde ao processo de dispersão de água na forma de vapor, cedida ao meio ambiente mediante um sentido unidirecional, ou seja, da ascensão hídrica desde a região radicular em direção às folhas, e dessas para a atmosfera. E. C. Miller, em 1938, no seu livro clássico de fisiologia vegetal descreve que uma única planta de milho pode perde até 200 litros de água durante seu ciclo, o equivalente a 100 vezes seu peso seco. Outra maneira que os indivíduos arbóreos ajudam no controle térmico é pela absorção de grande parte da incidência de radiação solar. Em especial quando a vegetação tem um dossel