Carmen Miranda
Este artigo analisa a carreira da cantora Carmen Miranda para explicar o surgimnto de alguns símbolos que contribuíram para a criação da identidade nacional.
A partir da década de 30 que realmente a construção de uma identidade nacional, principalmente devido à politica nacionalista do Estado Novo. Com o desejo de passar aflorar este sentimento na população, os meios de comunicação foram largamente utilizados pelo governo. As vozes que se ouvia da rádio eram tanto a voz do governo quanto de cantoras famosas, como Carmen Miranda, que cantavam a união do país de norte a sul. Sua voz muitas vezes foi usada pelo governo para explicar os atos tomados por ele ou para reforçar idéias. As letras citavam vários estados, mas com o tempo notou-se a necessidade de encontrar um símbolos que representasse toda a nação, e o Rio de Janeiro recebeu grande destaque.
Mas havia um problema: a imagem do malandro carioca associada ao Rio de Janeiro não era positiva aos olhos do governo. A necessidade de outra personagem que representasse positivamente a nação fez com que Carmen se caracterizasse como a sensual baiana. Mas o que fez ela ser aceita por todos foi um conjunto de fatores além de sua sensualidade: a familiaridade com o baiano, pois haviam muitos que moravam no Rio devido à transferência da capital de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro, a apologia que a baiana fazia a miscigenação e sua imagem de trabalhadora, sempre vendendo seus doces e quitutes. Carmen deu um toque no traje da baiana para que ele ganhasse maior representação nacional: tornou o colorido, diferentemente do original branco, para que representasse todas as belezas naturais do país e adicionou um cesto com frutas ao turbante, que mostrava as riquezas do país. Assim, a baiana se tornou um símbolo nacional e regional ao mesmo tempo.