Considerações sobre ser a História ainda a mestra da vida
André Alexandre Henning Pereira
Considerações sobre ser a História ainda a mestra da vida
Referência – Ainda será a História a Mestra da Vida?
CATROGA, F. – Estudos Íbero-Americanos, PUCRS, Edição Especial, n. 2 p. 7-34, 2006
O Autor traça ao longo do período histórico os métodos pelos quais a escrita da História foi realizada, com seus diferentes propósitos, abordagens e metodologias. O texto busca discernir a ideia de História na antiguidade, tanto da forma do relato como a metafísica envolvida na concepção de uma aparente direção e ensino cosmológico da ação e vivência humanas. Porém assinala que os prórpios antigos viam a narrativa da História como uma obra menor, carente de uma transcendência e demasiado presa a objetividade da concorrência dos fatos segundo o pensamento filosófico.
Algo bastante perceptível transmitido pelo texto é o caráter iminentemente autoral desse princípio da História, ligado a narração a partir da autoridade figurativa de quem a relata, como que emprestando à narrativa sua reputação ao contingenciar a informação algo que foi objeto de observação, audição de relato e exame das informações imediatas, dentro das propostas de abordagem quem vão de Heródoto à Cícero em um progresso de ruptura das mitologias em direção aos fatos.
Esse processo demanda a percepção de uma linearidade a partir da escrita da história no qual esta se escreve em um determinado sentido, como que perseguindo um objetivo que dará consistência final, como se um projeto de final coordenasse o progresso desde seu início, como algo idealizado a partir de certo momento, como que a satisfazer as demandas filosóficas como as de Aristóteles de um tempo circular reconstrutivo.
Assim, nessa concepção grega, a coleção de fatos sucessivos descritos necessitavam de uma ordenação que lhes desse um corpo para lhes conceder coerência. Deste modo a História recebia a concepção de enredo da história posto que se torna um sistema hermético,