Considerações acerca das Teorias Psicopedagógicas
Numa compreensão de que o processo de aprendizagem implica necessariamente no pleno desenvolvimento do sujeito, nessa perspectiva se torna necessário refletir acerca das especificidades que perpassam o desenvolvimento humano, das práticas de ensino desenvolvidas nos espaços escolares e das atividades correlatas a esse processo.
Sabe-se que, o desenvolvimento da pessoa humana é entendido como um processo que se constrói e permanece em pleno movimento, nas relações que o indivíduo estabelece consigo, com o outro, com o ambiente físico e social. Assim as características humanas são historicamente formadas e não biologicamente herdadas, como ocorre em outras espécies.
Nessa perspectiva, o indivíduo precisa ver significado para que possa construir o seu próprio ideário, e quando isto não pode ser feito tão somente pelo sujeito em questão, ou na observância e relações estabelecidas com o meio e com o outro, a mediação, na forma de seus mediadores (pais, professores, amigos) surge como elemento de extrema importância na ocorrência desse processo.
Na perspectiva da formação de sujeito pleno, observado nas suas especificidades, parte de um processo comum a todos, percebe-se a necessidade de se compreender a mediação docente para além de relação interpessoal. Isso implica em perceber que a mediação, docente ou não, começa muito antes da aula propriamente dita, e muito mais do que somente no espaço da sala de aula.
Desse modo, há de se considerar que, as relações estabelecidas nos espaços em que, na forma de percepção das coisas que fazem parte do cotidiano do sujeito, deverá se configurar em conhecimento, em aprendizagem, o que significa dizer que, a aprendizagem se efetiva por meio da interação entre os seus pares, entre professor X aluno, relação essa que implica na troca de experiências, de saberes, o que há de caracterizar a produção da autonomia dos envolvidos neste processo.
Altet (1999) afirma que, a