Consequências do Novo código florestal
1. DESMATAMENTO
Como a área determinada de floresta preservada é menor do que a exigida anteriormente, a área ocupada pela agricultura ou agropecuária irá aumentar; o que gera um maior desmatamento.
2. PERDA DA BIODIVERSIDADE E QUEBRA DOS CORREDORES ECOLÓGICOS
O novo texto prevê também que as propriedades rurais possam abrir mão da chamada reserva legal, até então obrigatória em todas as propriedades, desde que em qualquer parte do mesmo bioma, o proprietário mantenha outra área de reserva. Isso significa que se uma propriedade no estado de Minas Gerais, por exemplo, não quiser manter a reserva legal, poderá arrendar ou comprar uma área no sul do Maranhão, onde também vigora o bioma Cerrado, e mantê-la como reserva.
Assim, as áreas de floresta preservada serão isoladas e a fauna desses locais encontrará dificuldade ao deslocar, alimentar e reproduzir-se. Causando, então, diminuição da biodiverdisade.
3. ALTERAÇÃO NA QUALIDADE DE ÁGUA
A Agência Nacional de Águas -ANA- avalia que as alterações na legislação, em especial no que diz respeito às áreas de preservação permanente, prejudicarão a qualidade dos recursos hídricos.
O estudo publicado pela agência chama a atenção para ocupação dos topos de morro, que são locais de recarga de aquíferos. Os principais rios são alimentados por rios pequenos e que são muito vulneráveis a essas modificações, já que muitos nascem nas reservas e passam pelas propriedades que deixaram de manter as matas ciliares. A possibilidade de manutenção de agricultura e pecuária nestes locais agravará o problema da contaminação dos aquíferos.
4. AUMENTO DE INUNDAÇÕES
Pela nova lei, os estados e municípios poderão delimitar livremente as áreas de preservação em cursos d’água de regiões urbanas.
Mas a questão aí envolvida é: com a reserva legal, é possível segurar a chuva. Sem reserva, fica mais difícil. A catástrofe no Rio de Janeiro no início do ano de 2012 mostra isso.