Consequencias da teoria da propriedade privada de Jonh Locke para o ocidente
Jonh Locke influenciou decisivamente nos acontecimentos políticos e na consciência cultural do Ocidente séculos após a morte; pensador considerado ecléctico, pragmático e empírico e cujos escritos contribuíram para a fundação da democracia liberal; intérprete das tendências intelectuais e políticas dominantes dos finais do século XVII na Inglaterra; John Locke, "empirista" e teórico da "razoabilidade" (reasonableness), parece fundamentar a sua teoria política mais numa evidência racional que nos dados da experiência.
Para além da defesa da monarquia moderada, Locke tornou-se um dos clássicos do liberalismo político, ao propor uma articulação de temas fundamentais: a igualdade natural dos homens, a defesa do regime representativo, a exigência de uma limitação da soberania baseada na defesa dos direitos subjectivos dos indivíduos. Os princípios fundamentais desta teorização incluem a liberdade natural e a igualdade dos seres humanos; o direito dos indivíduos à vida, liberdade e propriedade; o governo pelo consentimento; o governo limitado; a supremacia da lei; a separação dos poderes; a supremacia da sociedade sobre o governo; o direito à revolução. O princípio de governo pelo consentimento, com finalidade e poder limitados, é o fundamento do constitucionalismo liberal, sendo os dois Two Treatises of Government considerados como a expressão clássica das ideias políticas liberais.
Frequentemente caracterizados como a primeira expressão secular da teoria política moderna, os Dois Tratados costumam ser lidos como uma defesa do individualismo e do direito natural dos indivíduos à propriedade privada.
Têm sido objecto de particular atenção as características religiosas e tradicionais do pensamento político de John Locke, resultantes da sua aceitação de hipóteses fundamentais do aristotelismo e dos princípios cristãos. Esta abordagem interpretativa apresenta Locke como um