Modernismo
A principal arma de renovação dos modernistas brasileiros foi o trabalho com a pesquisa de uma linguagem livre de quaisquer normas e obrigações de métrica rígida, de rima regular e de uso de um vocabulário culto. Seus textos privilegiavam o coloquialismo, a gíria, o verso livre, o erro gramatical como exemplo de usos típicos brasileiros. Ao mesmo tempo, procuraram fundir essa linguagem brasileira com influências estrangeiras oriundas do mundo da publicidade e das indústrias.
O uso do poema-relâmpago (textos curtíssimos, à moda cubista ou dadaísta) e do poema-piada (com muito escracho e bom-humor) foram as descobertas dos modernistas que mais irritavam os acadêmicos e conservadores.
Os temas, sempre extraídos do cotidiano, eram tratados com irreverência, num processo constante de paródia à cultura, à arte e à literatura de épocas anteriores, destruindo, não somente os valores artísticos do passado, mas também os valores ideológicos, sociais e históricos que haviam formado o patriotismo brasileiro.
Dentre os autores do nosso primeiro modernismo, além de Manuel Bandeira e Oswald de Andrade, destacaram-se Mário de Andrade. Antônio de Alcântara Machado, Raul Bopp, Menotti dei Picchia. Guilherme de Almeida, Cassiano Ricardo, Ronald de Carvalho, Patrícia Galvão (a famosa Pagu) e Plínio Salgado.
O ideário modernista foi-se, ao longo da década de 1920, apresentando em manifestos e grupos organizados em revistas de cultura e literatura.
Revista Klaxon (1921-1923)
A revista Klaxon - Mensário de Arte Moderna foi o primeiro periódico modernista. Inovou não só no conteúdo, mas no projeto gráfico e riamatéria publicitária, que trazia anto anúncios sérios, de produtos reais (como a brasileira Lacta), quanto anúncios satíricos, de produtos absurdos (como uma fábrica internacional de sonetos). A proposta da revista era "buzinar", chamando a atenção e pedindo passagem ("klaxon" era o nome que se dava à buzina externa dos