Modernismo
27/03/2014
Eunápolis
Pré-modernismo
O Pré-modernismo não é um movimento literário, é apenas o nome dado aos primeiros 20 anos do século XX, durante os quais percebemos em alguns escritores certas antecipações da visão crítica da realidade brasileira influenciados por movimentos europeus que, mais tarde, o Modernismo iria desenvolver plenamente.
Esses homens escreviam para fazer o leitor refletir sobre problemas que atingiam profundamente a sociedade brasileira, rejeitando a ideia dominante de que a literatura era apenas uma forma de entretenimento das elites.
Pré-modernismo é considerado uma literatura de transição engajada com o social que denunciou em suas obras a exclusão a que estava sendo submetida grande parte da população brasileira onde o governo fazia pouco caso. Os Sertões, por exemplo, obra de Euclides da Cunha, denuncia o massacre feito à população de Canudos pelo governo republicano, narrando o abandono em que estavam a população do sertão.
Neste período, alguns anos após a abolição da escravatura, muitos imigrantes, em sua maioria italianos, vêm ao Brasil substituir a mão-de-obra rural e escrava.
A urbanização de São Paulo faz surgir uma nova classe social: a operária, ao mesmo tempo em que os ex-escravos são marginalizados nos centros urbanos.
Os estados brasileiros passam por transformações na economia: a ascensão do café no Sul e Sudeste, e o declínio da cana-de-açúcar no Nordeste.
O governo republicano não garantia esperanças e não promovia as tão esperadas mudanças sociais, pelo contrário, a sociedade se encontrava dividida entre a elite detentora de dinheiro, respeito e poder das oligarquias rurais e a classe trabalhadora rural, bem como dos marginalizados nos centros urbanos.
A desigualdade social culminou em diversos movimentos sociais pelo Brasil, como a Revolta de Canudos, ocorrida no final do século XIX no sertão da Bahia, sob liderança de Antônio Conselheiro,