Resumo cap 6 - "A revolução burguesa no Brasil"
CAPÍTULO 6 – NATUREZA E ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA
Não há, no capitalismo, um padrão de desenvolvimento universal e invariável. Pelo contrário, pode-se distinguir diversos dele, simultânea ou sucessivamente, na evolução da história, pois, caso tomássemos um único padrão, pode-se verificar que ele é susceptível de utilizações variadas (por interesses de classe, de estamentos). No Brasil, diferentemente de nações centrais e hegemônicas, o desenvolvimento capitalista, em todas as três fases de evolução interna, teve traços nitidamente característicos de nações tidas como periféricas e heteronômicas. A indirect rule é uma condição estrutural permanente, que se modifica de acordo com a evolução capitalismo nas nações que exerceram algum tipo de dominação imperialista na América Latina. Por isso, considerando em termos dos alvos coletivos dos estamentos dominantes (sob o regime de trabalho escravo), ou das classes dominantes (sob o regime de trabalho livre), em nenhuma das três fases o desenvolvimento capitalista impôs: a ruptura com a associação dependente, em relação ao exterior (ou aos centros hegemônicos da dominação imperialista); a desagregação completa do antigo regime e das formas pré-capitalistas de produção, troca e circulação; a superação de estados relativos de subdesenvolvimento, inerentes à satelização imperialista da economia interna e à extrema concentração social e regional resultante da riqueza. Isso tudo quer dizer que o capitalista se tornou compatível com as aspirações das classes, ou estamentos, dominantes, de modo que não tenha dado um fim à dominação imperialista externa; à permanente exclusão da maioria da população que não possuía trabalho; aos dinamismos sócio-econômicos oscilantes que são insuficientes para propiciar a universalização efetiva do trabalho livre, a uniformização do mercado interno e do sistema de produção, em bases capitalista; e, por fim, à