CONRACK
A Sra. Scott, diretora disciplinadora exige respeito, por que escola não é parque diversões. Entretanto, o ato de educar pode ser um diálogo divertido, sim, entre professor e aluno, desde que se saiba conduzir brincadeiras que tenham sentido ao fazer pedagógico, como Conrack fazia. Há que sempre se incentivar o debate, dando vez e voz ao aluno, e os resultados serão sempre surpreendentes, se tentados, desde que o professor saiba ter domínio de classe a partir de sólido domínio de conteúdo.
Pat Conroy desarma espíritos gradativamente, ao iniciar sua primeira aula contando um pouco de sua vida, algo essencial para o educador do futuro: justamente fazer seu resgate história, enquanto aluno, cidadão até chegar ao fato de ser professor, mostrar caminhos... E aos poucos sendo criativo, como faz "Conrack", que sobe numa árvore próxima da escola para falar de lei da gravidade, jogando frutas aos alunos. Num jardim, fala de poesia e de botânica, estimulando a interdisciplinaridade de fato, não apenas em teoria, mas na prática...
Os métodos pouco ortodoxos de Conrack desagradam o Sr. Skeffington, seu superior, que não considera aquilo ensino e, sim, fazer palhaçada. Tudo que foge ao senso comum de uma época tem inicialmente uma grande rejeição e os métodos de Conroy são colocados em prática em plena Guerra Fria, mas também num período de efervescência cultural, da chamada contracultura, do idealismo de querer mudar o mundo, lutando contra o sistema. Este tempos românticos