Analise do filme: Conrack
O filme Conrack, mostra a atuação de um professor branco em uma comunidade de pessoas negras, no Estado da Carolina do Sul nos Estados Unidos.
O professor é enviado para uma ilha na Carolina do Sul para ensinar crianças afrodescendentes entre 8 e 14 anos. Ao chegar à escola e começar suas atividades, o professor fica assustado com o ensino retrógrado e com o estado de miséria local e percebe que os alunos não sabem ler, escrever e não conhecem a cultura americana.
Os alunos estavam acostumados com os métodos retrógrados da professora anterior, onde eram pouco estimulados e não acreditavam em si mesmos. O professor então, conclui que o problema não estava nos alunos, mas sim na didática utilizada. Dessa forma, desenvolve uma prática de ensino “revolucionária”, focando nas necessidades dos alunos, descartou as cartilhas antigas e toda a orientação do inspetor escolar. Apesar de todo o esforço do professor, os métodos de ensino que ele desenvolve parte do ponto de vista de um professor branco em um local onde predominavam afrodescendentes, ou seja, os métodos de ensino e os conteúdos tinham como referencia a cultural dominante e não a cultura local.
O ato de educar pode ser divertido, desde que se saiba conduzir brincadeiras que deem sentido ao fazer pedagógico. É preciso incentivar o debate, dando voz ao aluno, e os resultados serão sempre surpreendentes. Com criatividade, "Conrack", sobe numa árvore próxima da escola para falar de lei da gravidade, jogando frutas aos alunos. Num jardim, fala de poesia e de botânica, estimulando a interdisciplinaridade de fato, não apenas em teoria, mas na prática.
O mundo mudou muito, mas a educação ainda continua se repetindo em grande parte em seu conservadorismo. A própria tecnologia na educação tem sido utilizada de forma equivocada, muitas vezes, se usa a tecnologia sem mudar a prática pedagógica.
No fim o sistema vence e o professor é demitido, porem, as mudanças já haviam ocorrido.