CONHECIMENTOS DE FÍSICA APLICADOS NA PERÍCIA CRIMINAL
O ser humano sempre procurou interpretar a si e ao mundo em que vive, atribuindo-lhes significados, criando representações significativas da realidade as quais chamamos conhecimento. Este, dependendo da forma pela qual se chega a essa representação, classifica-se em diferentes tipos como, por exemplo, mítico, ordinário, dogmático e científico. (COSTA, 2001)
O conhecimento científico é fático: parte dos fatos, respeita-os até certo ponto e sempre retorna a eles. A ciência procura descobrir os fatos tais como são, independentemente do seu valor emocional ou comercial: a ciência não poetiza os fatos. Em todos os campos, a ciência começa por estabelecer os fatos, requerendo curiosidade impessoal, desconfiança e sensibilidade.
Inicia-se uma investigação científica quando se descobre que os conhecimentos existentes, originários do senso comum ou do corpo de conhecimentos existentes na ciência, são insuficientes para explicar os problemas surgidos, como os do meio ambiente, supostamente elaborados ou de fatos cotidianos. O conhecimento prévio que origina um problema pode ser tanto do conhecimento ordinário quanto do científico. Saindo da passividade em relação aos fenômenos, sem poder de ação ou controle dos mesmos, para uma atitude racionalista e lógica, buscando entender o mundo através de questionamentos, é que o pesquisador percebe a necessidade de se propor ferramentas adequadas para essa investigação e compreensão do mundo que o cerca, assim elaboram-se os métodos de pesquisa e investigação. Através desses métodos se obtém enunciados, teorias, leis, que explicam as condições que determinam a ocorrência dos fatos e dos fenômenos associados a um problema, sendo possível fazer predições sobre esses fenômenos e construir um corpo de novos enunciados, e possivelmente novas leis e teorias, fundamentados na verificação dessas predições, e na correspondência desses enunciados com a realidade fenomenal. Para Popper "...uma explicação é algo sempre incompleto;