Criminalistica-locais de crime
1. Ciência, tecnologia e perícia criminal.
Parte significativa do trabalho realizado pelos peritos criminais em locais de crime depende não só da experiência e qualificação do profissional envolvido, mas também das técnicas e grau tecnológico das metodologias empregadas no correto e preciso levantamento dos vestígios. O conhecimento científico é grande aliado na busca por justiça.
A definição de ciência segundo Demo (2008, 1ed, p.18) reside em distinguir ciência de outros como o termo próprio “conhecimento científico”, tecnologia e pesquisa, também no que concerne às diferentes áreas do saber. Preconiza o autor que o correto seria adotar a expressão já supramencionada “conhecimento científico”, posto a existência de outros patamares como a sabedoria, o bom senso e senso comum. Ciência e tecnologia representariam do ponto de vista de metodologia do conhecimento, vantagens comparativas, típicas do pensamento ocidental, utilizando-se de procedimentos matemáticos e empíricos, sendo os mesmos garantias de grande neutralidade e objetividade. Prossegue concluindo que ciência e tecnologia formam dupla “inseparável e imbatível”, representando possivelmente “a identidade cultural mais forte da história ocidental”.
Porém, não pode-se confundir o avanço tecnológico com o da ciência. Ambas andam em um sentido metafórico de “mão dadas”: o avanço da técnica em determinada área da ciência não necessariamente não virá acompanhada de uma mudança no panorama científico, mas pode se tratar de um avanço dentro de um observado paradigma. O debate acerca a afirmação taxativa da Criminalística como ciência ainda decorre de pensamento dos próprios estudiosos do direito e dos cientistas, pendendo os últimos no sentido de afirmar que a mesma é um conjunto de técnicas que decorrem da seara das ciências, em busca do apoio no persecutio criminis. Deve-se observar que a noção do verdadeiro significado dos termos empregados é importante para a evolução