resenha
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
No livro de Paulo Freire, no capítulo que aborda sobre Ensinar Não é Transferir Conhecimento o autor nos ensina a partir do ser do professor. Ensinando-nos que devemos respeitar à autonomia, à dignidade e a identidade do educando. Segundo ele, quando o professor entra em sala de aula deve estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a transferir conhecimento (id, p.52). É importante que o professor no processo de ensinar saiba apresenta o conteúdo para os alunos de forma adequada e com interação. É preciso que se leve em consideração, tanto ao aprender quanto ao ensinar, as medidas possíveis das quais dispomos, sejam as de superação, as de falibilidade na atuação particular a cada indivíduo. O professor deve exercer a autoridade na classe, tomando decisões, orientando atividades, estabelecendo tarefas, cobrando a produção individual e coletiva do grupo. Muitas pessoas definem de forma confusa os limites entre a autoridade e o autoritarismo e, por extensão, da licenciosidade com a liberdade. Não é preciso que se utilize de elementos autoritários, a conseguir a adesão do educando ao modo de condução do processo escolar como um todo, mas deve dispor sempre do bom senso, da lógica construtiva. Portanto, Freire edifica uma nova maneira de educar, quando "educar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou sua construção". Ele discorre sobre a relação que se deve estabelecer entre educadores e educando, uma relação afetiva, mas sempre visando um rigor metódico para que o conhecimento se realize.