CONHECIMENTO ESCOLAR
Há quatro séculos atrás, Comenio, um educador tcheco apontou a ignorância, inveja maldosa, desamparo e exaustão pessoal como causas da “desordem escolar”. É muito provável que, hoje, muitos educadores assumissem essa idéia como coincidente com a realidade da educação no Brasil.
Para romper essa realidade sobre a Escola, devemos responder a seguinte questão: Qual o sentido social do que fazemos? A resposta depende da compreensão política que temos na finalidade do nosso trabalho pedagógico.
Vamos, a seguir, analisar três concepções de posturas predominantes em diversos momentos de nossa Educação.
O otimismo ingênuo, é uma concepção comum entre os educadores, da relação entre Escola e Sociedade e que ainda persiste no dia-a-dia. Nessa concepção a Escola teria um papel messiânico e o educador uma tarefa quase religiosa. Ela é considerada otimista porque valoriza a Escola, mas ingênua pois atribui a ela uma autonomia absoluta. Nessa concepção a docência é entendida como um chamamento missionário e a Escola não estaria ligada a nenhuma classe social, sendo considerada politicamente desinteressada.
Essa idéia predominou isoladamente até meados dos anos 70, quando entrou em cena outra concepção, o pessimismo ingênuo. Em oposição ao otimismo ingênuo, essa defende a idéia que a tarefa principal da Escola é servir ao Poder e ser um instrumento de dominação e o educador é visto como um funcionário das elites. Nessa concepção a utilidade da Escola é “fazer a cabeça” dos que a frequentam, e não teria autonomia, que seria determinada pela Sociedade e o educador ficaria com a missão de adequar as pessoas ao modelo colocado.
O pessimismo vem do papel discriminatório da Escola, não levando em conta ser ela uma ferramenta para a conquista da justiça social; e ingênua porque sectariza a análise, negando a existência de contradições no interior das instituições sociais.
Nos anos 80 surge outra concepção: otimismo