Currículo, cultura e conhecimento escolar
O Brasil é um país de miscigenação por natureza histórica. Na sua essência, a diversidade cultural chega a ser alvo nas bancadas escolares, que na isenção do trabalho pedagógico cultural chega a causar efeitos abusivos e até massificar parte da sociedade vigente. A escola enquanto instrumento de formação humana precisa inserir novos conhecimentos e metodologias que sejam trabalhadas de maneira espontânea e criativa através de um currículo capaz de minimizar as complexas tensões entre política de igualdade e políticas da diferença. As dificuldade e dúvidas por parte de alguns professores estão paralelas àquelas que costumam problematizar ao invés de equacionar a questão aos desafios da sala de aula. Segundo Arroyo (2008), é preciso buscar entender quais as imagens e concepções de aluno(a) que nos são mais familiares e tentar problematizá-las.
Partindo deste princípio, uma das escolas municipais da zona urbana aplicou a ideia de Arroyo.
Segundo os autores citados neste trabalho, o currículo representa um conjunto de práticas que propiciam a produção, a circulação e o consumo de significados no espaço social e que contribuem intensamente para a construção de identidades sociais e culturais. Conforme Gomes afirma que conhecer a construção histórica das desigualdades não implica um trato igualitário e democrático em relação àqueles considerados diferentes. No entanto, o currículo escolar pode ser o espaço para a inserção da diversidade, compreendendo as causas políticas, econômicas e sociais. O currículo constitui, nessa perspectiva, um dispositivo no qual se concentram as relações entre a sociedade e a escola, entre os saberes e as práticas socialmente construídos e os conhecimentos escolares.
Todos coincidem ao destacar as mudanças nas formas de viver a infância e a adolescência, a juventude e a vida adulta. O que há de coincidente nessas mudanças é que educadores e educando estão se vendo e sendo