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Escolha, Objecto e interesse da Investigação
O tema “As Universidades na Idade Média e Hoje em Angola, Estudo de Caso do Instituto Superior de Ciências da Educação do Uíge 1997-2011”, tem como motivação a cadeira de História da Idade Média, que tenho vindo a leccionar desde o ano académico de 2009 no ISCED do Uíge.
Uma leitura comparativa entre as primeiras universidades e a actual situação do ambiente universitário, causa uma sensação estranha. Porque as primeiras universidades surgem como reclassificação dos centros escolares e as nossas surgem por interesses estatais e que o próprio mercado fundou uma enorme quantidade de faculdades para atender sua demanda por mão de obra especializada.
Quando falamos do surgimento de universidades, o termo nos remonta para Idade Média, que é o período compreendido entre a queda do Império Romano do Ocidente (com capital em Roma), em 476 d. C., séc. V, e a queda do Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino (com capital em Constantinopla), em 1453 (séc. XV), ano que os Turcos Otomanos conquistaram Constantinopla1.
O surgimento das universidades na Idade Média, não está dissociado do factor educação e ensino naquele período. A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim2, doutrinas religiosas e tácticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.
Na abertura de universidades a pioneira de todas é a Universidade de Salerno, fundada no século XI e no século XII, surgiram as universidades como as de Bolonha, Oxford e Paris.
A universidade angolana teve início em 1962 com o então Governador-geral de Angola Venâncio Augusto Deslandes, isto a 04 de Abril. A ideia só vincou a partir de 21 de Agosto de 1962, com a publicação do Decreto-Lei n.º 44530, nascendo os Estudos Gerais, integrados na Universidade Portuguesa. E que mais tarde viria fazer nascer a Universidade de Angola e