A História do Congo
A Independência do Congo e o Golpe de Estado
A descolonização africana acentuou-se a partir da década de 1950. Muitos países que ainda se encontravam como colônias dos europeus iniciaram um processo de independência. O Congo, por exemplo, era uma colônia da Bélgica.
Na década de 1940, sob a liderança de Patrice Lumumba, teve início um movimento para a libertação colonial do Congo. Em 1960, várias entidades nacionais se uniram à Organização das Nações Unidas (ONU) e pressionaram a Bélgica para declarar a liberdade do Congo, fato ocorrido no mesmo ano.
Após a independência do Congo, fundou-se a República Democrática do Congo e Patrice Lumumba foi eleito primeiro-ministro congolense. A história do Congo independente iniciou-se com várias divergências políticas: logo no primeiro mês em que Lumumba havia tomado posse, iniciou-se uma rebelião contra o seu governo.
O primeiro-ministro Lumumba não acreditava que somente a independência política livraria o Congo da dependência colonial, mas declarou que a libertação da África aconteceria a partir do momento que o Congo deixasse de ser dependente economicamente da Europa.
Depois da declaração do primeiro-ministro do Congo, todos os investidores ocidentais presentes no país ficaram sob alerta. As várias corporações inglesas e belgas que investiram na exploração do cobre, cobalto, diamante, ouro, entre outros minérios, estavam temendo uma nacionalização das empresas, ou seja, temiam influências comunistas, desde a aproximação do governo do Congo com a União Soviética.
Logo em seguida, no ano de 1961, Lumumba foi sequestrado e assassinado num golpe de Estado financiado e apoiado pelos Estados Unidos. O golpe de Estado no Congo somente foi possível em razão do apoio dado aos Estados Unidos pelo antigo oficial da Força Pública Colonial, Joseph Désiré Mobutu.
O apoio dado aos Estados Unidos renderia a Mobutu o governo do Congo, tornando-se ditador de 1965 a 1997. Ele ficou 32 anos no poder