Congo
Os cultos de nação africano que chegou ao Brasil trazidos pelos negros escravos oriundos de várias partes da África , podemos mencionar o iorubá ou nagô (Nigéria) e o eue ou jeje (Benim). Do segundo, o quimbundo (Angola) e o quicongo .(Congo). Os primeiros escravos da África que aqui chegaram vindos da região da Guiné Portuguesa, distribuídos nas regiões da Bahia e Pernambuco, além de outros estados.
Apesar da origem diversa dos escravos africanos, dois grupos se destacaram no Brasil: os Bantos e os Sudaneses. Os bantos foram assim, classificados devido à relativa unidade lingüística dos africanos oriundos de Angola, Congo e Moçambique.
Vainfas (2001, p. 67) destaca que:
Os povos bantos predominaram entre os escravos traficados para o Brasil desde o século XVII, concentrando-se na região sudeste, mas espalhados por toda a parte, inclusive na Bahia. (...) Os Bantosoriundos do Congo eram chamados de congo, muxicongo ,loango, cabina, monjolo, ao passo que os de Angola o eram de massangana, cassange, loanda, rebolo, cabundá, quissamã, embaca,benguela.
Essa diversidade fez com os Bantos apresentassem uma especificidade cultural, notadamente na lingüística, nos costumes e, principalmente, no campo religioso, que mesclou aspectos do cristianismo com suas tradições religiosas.
De acordo com Kavinajé (2009, p. 3):
Os bantos, depois de um primeiro período de autonomia religiosa, que se conhece através de documentos históricos, assistiram à transformação de seus cultos. Por um lado, esses deram lugar á macumba; por outro, amoldaram-se às regras dos condomblés nagôs, não se distinguindo deles senão por uma maior tolerância. Os cultos bantos em gradativo declínio acolheram os espíritos dos índios, o que iria levar ao surgimento de um "condomblé de cablocos", e adotaram cantos em língua portuguesa, ao passo que os condomblés nagôs só usam cantos em língua africana.
Já os sudaneses provenientes da África ocidental, Sudão e da Costa da Guiné,