Concepção Higienista

Concepção Higienista

A Educação Física Higienista surge no Brasil no final do século XIX, percorrendo mais de 40 anos de existência. É uma concepção particularmente forte nos anos finais do Império e no período Primeira República (1889-1930). Produto do liberalismo burguês, que acreditava resolver os problemas sociais enfrentados pela sociedade brasileira através das escolas. A preocupação central é com os hábitos de higiene e saúde, valorizando o desenvolvimento do físico e da moral, a partir do exercício.
Nesta época ainda chamada de Ginástica, tinha seu objetivo na ênfase em relação à saúde em primeiro plano. Para tal concepção, cabe à Educação Física um papel fundamental na formação de homens e mulheres sadios, fortes, dispostos à ação, preocupada com o saneamento público, na busca de uma sociedade livre das doenças infecciosas.
O pensamento Liberal da época não atribuía os inúmeros problemas enfrentados pela sociedade brasileira ao seu modelo socioeconômico, mas ao analfabetismo e a falta de escolarização da população. Diante desse quadro social, dissemina-se a noção de que essa sociedade precisa adquirir hábitos higiênicos no seu dia-a-dia, garantindo que fiquem longe de doenças e sempre sadias. Por outro lado a intenção da classe dominante seria de se utilizar da educação, das atividades físicas e do desporto com o intuito de forjar seus interesses as outras classes através das aulas de Educação Física. Neste caso, enquanto o poder via a prática de atividade física e esportiva como meios relevantes para a sedimentação de suas idéias de dominação, as outras classes, viam realmente essas praticas como algo que poderia garantir saúde.
A higiene e a educação eram vistas como aquelas áreas capazes de salvar a nação, colocando-a no caminho do progresso. A falta de saúde e de cultura da população era tida como as responsáveis pelo atraso. Em função da necessidade de sistematizar a ginástica na escola, surgem os métodos ginásticos. Os principais foram