Conceituação lógica de públicos em relações públicas – Fábio França
Após analisar e comparar teorias de autores como Teobaldo Andrade e Lucien Matrat, Fábio França pode chegar a sua própria conceituação de públicos, a qual considero uma das definições mais completas e com certeza mais atual. França apresenta maneiras abrangentes e ao mesmo tempo simples de analisar e conceituar o objeto de estudo do Relações públicas, criando entre a organização e os públicos uma ligação estreita e consistente.
O autor verifica em sua pesquisa a necessidade de criar novos conceitos e divide inteligentemente os públicos em: essenciais, não-essenciais e de rede de interferência. Rapidamente resumindo, os essenciais seriam aqueles juridicamente ligados a empresa, os não-essenciais correspondem aos que não são diretamente ligados, mas tem alguma participação nas atividades meio, e os de rede de interferência, que na minha opinião são de um grupo extremamente importantes, pois apesar de não terem nenhuma ligação jurídica e nem prestarem serviços, interferem diretamente no sucesso da empresa, já que emitem e disseminam opiniões construtivas ou destrutivas para o andamento da vida organizacional.
Além de inovações na classificação, França ainda saliente a importância da relação público-empresa, que deve ser próxima e fundamentada em métodos precisos nesse processo todo. Conhecer e ouvir o público é muito importante pra que a gente possa aplicar propostas que qualificam o relacionamento.
Objetivamente, o França busca uma resposta de aplicação universal, que defina precisamente a relação da empresa com os demais objetos envolvidos, para então expor o conceito de público.
Gosto da maneira em que o autor expõe e torna desafiante a busca pela conceituação dos públicos. Creio que isso traga um instinto de pesquisa constante para aperfeiçoar os métodos, e assim como ele mesmo disse em entrevista e por e-mail, “a essência dos conceitos não mudam, o que muda é a nossa