Públicos em RP
FABICO
RELAÇÕES PÚBLICAS
PÚBLICOS EM RELAÇÕES PÚBLICAS
MARIANA FONSECA BOSEMBECKER
Matrícula: 243119
Disciplina: Teoria e Prática das Relações Públicas
Professora: Karla Maria Müller
Porto Alegre, 2014
A noção de público surgiu no século XVI, no período em que a impressa atingiu seu auge nas diversas transformações e revoluções que ocorriam na Europa, porém só veio firmar-se como conceito independente no século XVIII, após a Revolução de 1789. As definições clássicas de públicos vêm dos sociólogos que os veem como um grupo de pessoas que partilham de interesses comuns e passam por uma divergência de opiniões, buscando resolver através de conversas e debates. No entanto, estabelecer um único conceito abrangente que perpasse por tudo o que pode significar a palavra “público” é até hoje objeto de estudo de diversas disciplinas, dentre elas a História, a Sociologia, a Psicologia e a Comunicação.
Para o autor brasileiro Teobaldo Andrade (2003), maior estudioso do conceito de públicos em RP, público trata-se de um agrupamento espontâneo de pessoas que podem ou não pertencer a um espaço físico em comum, e que apresentam ideias divergentes em relação a uma problemática ou objetivo, à procura de uma grande atividade comum que expresse uma opinião coletiva.
Andrade (2003) foi o criador do conceito de públicos mais empregado até hoje, considerado quase como forma exclusiva de definição do termo na tradição acadêmica brasileira. Segundo ele, os públicos são classificados em interno, misto e externo. O primeiro corresponde ao público que ocupa o espaço físico da organização e vivencia suas rotinas, apresentando claras ligações socioeconômicas e jurídicas com a empresa. É constituído, basicamente, pelos funcionários, acionistas e diretores. O segundo diz respeito ao público que tem funções mercadológicas, políticas e sociológicas para a instituição, sem apresentar, no entanto, claras ligações