Conceito de educação física
Paulo Evaldo Fensterseifer** RESUMO O objetivo deste artigo é refletir acerca da complexidade da docência no campo da Educação Física (EF). Para tal, se subdivide em três momentos: a responsabilidade do entorno do processo de intervenção; a prática pedagógica no ensino superior e a formação permanente, como possibilidades importantes para resgatar a complexidade do exercício da docência em EF. Conclui-se que, uma mudança de paradigma na formação inicial, a formação permanente de caráter crítico-reflexivo e o desenvolvimento de pesquisas mais imbricadas à realidade, podem representar “focos de ruptura” possíveis de serem considerados no processo de resgate da complexidade da docência em EF. PALAVRAS-CHAVE: Educação Física – Docência – Prática pedagógica CONSIDERAÇÕES INICIAIS... Iniciamos por reconhecer que a Educação Física Escolar tem sido um componente passível de ser “atendido” por professores de diferentes áreas e por acadêmicos em início de formação. O critério, quando por ventura se faça necessário, é gostar de esporte, brincadeiras, ou simplesmente completar horas no plano de trabalho. Podemos inferir que este fenômeno não se aplica a outras áreas, consideradas “mais importantes”, afinal ser um leitor inveterado não capacita o sujeito a assumir a disciplina de Língua Portuguesa. Na verdade vivemos uma espécie de paradoxo, pois, se por um lado, não assistimos uma maior preocupação com o “fazer docente” em nossa área, porque afinal “dar aula de EF é muito fácil”1, por outro, passamos por uma espécie de reconhecimento de que não temos enfrentado nossos problemas “didático-metodológicos” (problema para quem?) e que por isso tem sido muito difícil “dar” aulas de EF2. Percebendo o caráter paradoxal dessas constatações, o objetivo principal deste texto é traçar reflexões que permitam resgatar a complexidade pertinente ao campo da EF, como possibilidade de complexificar