Comunitarismo 1
OS ESPAÇO FÍSICOS E SOCIAL NO COMUNITARISMO EM BARROSO
1/4 - Introdução
Este artigo, de carácter introdutório, será o primeiro de uma série de quatro que, não obstante se encontrarem na sua forma mais reduzida possível, assumem mesmo assim um formato incompatível com a sua publicação integral e de uma só vez. As temáticas aqui expostas foram, para além da necessária condensação, objecto de uma divisão que objectivasse a sua publicação de forma fragmentada sem, contudo, retirar a mínima coerência e linha de pensamento inerente à génese do texto.
Apesar de tudo, ainda há muito pouca bibliografia sobre o Comunitarismo e, nomeadamente sobre a dimensão deste em Barroso. Existem, de facto, alguns escritos – fruto de algumas investigações académicas, outrossim de trabalhos mais ou menos voluntariosos que, por esse mesmo facto, deverão ser tidos em conta e, essencialmente, valorizados – sem, contudo, estarmos perante uma temática que esteja profundamente estudada e devidamente documentada. Esta pequena série de artigos não pretende, naturalmente, apresentar-se como um estudo relevante sobre o Comunitarismo mas sobretudo como uma chamada de atenção para um legado patrimonial e uma componente fundamental da constituição e génese do povo barrosão.
Não versarão estas linhas sobre as práticas ancestrais de Comunitarismo, nem tampouco sobre as variantes praticadas em Barroso. Embora, como referi, não seja extenso o documentário sobre a temática em causa, não é pretensa aqui assumida o manifesto descritor exaustivo dessas mesmas práticas, mas sim de uma perspectiva ainda menos estudada do Comunitarismo: os seus espaços. Assim, pretende-se colocar enfoque na questão espacial, seja ela meramente física ou social, considerando nós que a evolução ou revolução de algo carece, de forma essencial, de um espaço de enquadramento.
Assim iremos alargando, de forma benigna, o conceito de espaço, libertando-o das suas