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18450 palavras 74 páginas
A. Ribeiro “ Schelling”

Partindo do princípio de que as pessoas são diferentes e por isso devem ocupar lugares e funções diversas na pólis Platão imaginavam que o Estado e não a família deveria incumbir da educação do indivíduo. Para isso Platão propõe-se a estabelecer uma forma de comunitarismo em que é eliminada a propriedade privada[1] e a família[2] a fim de evitar a cobiça e os interesses decorrentes de laços afetivos, além de degenerencias das ligações inadequadas. O Estado orientaria através da eugenia[3] para evitar união conjugal entre desiguais, oferecendo as melhores condições para a reprodução e ao mesmo tempo promovendo a educação coletiva dos filhos que nascesse desta união. Para Platão a um mal para cidade, tornar-se múltipla em vez de una[4]. Para que a cidade contemple o bem deve torna-se apenas unitária. Uma vez que a propriedade privada gera o individualismo e o crescimento da cidade é qualitativo e não quantitativo para Platão.

Na polis platônica o indivíduo criava um tipo de identidade pública em que o particularismo representado através da propriedade privada como casamento, riquezas, família e educação dos filhos proporcionaria a dilaceração da unidade ética da pólis. No comunitarismo de Platão as expressões “isto é meu” e “isto não é meu” constitui um tipo de comportamento em que o indivíduo expressa uma pólis totalmente una. Nesta visão comunitarista da mesma forma que um membro do corpo machucado interfere em todo desenvolvimento do corpo assim é o indivíduo que não encarnou o princípio do comunitarismo, comprometendo toda a pólis. Estes conceitos de comunitarismo fica mais claro e evidente em 463c “ o que é dos amigos é como se fosse deles”. O que mostra que na sociedade platônica tudo seria comum que o indivíduo partilha de tudo desde pena até os prazeres 464 a.

A causa maior do bem da cidade está em ser comunidade. A privatização quebraria a hegemonia em que o cidadão deixaria de

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