Comunicação e Cultura organizacional
Particularmente entendo a atividade de comunicação interna sob duas óticas: informativa, aquela que transmite informações funcionais (técnicas e operacionais) e a formativa, aquela que impacta em atitudes e comportamentos (influenciadora).
Alguns autores definem comunicação como cultura, e vice versa. Entendo que de fato são conceitos inseparáveis.
Edgar Schein, para citar um dos autores que tem se dedicado aos estudos relacionados à Cultura Organizacional, diz que: O ambiente funciona inicialmente como um condicionador na formação da cultura, mas, à medida que ela se sedimenta, é a cultura que irá condicionar o que é percebido no ambiente.
Na última década, as empresas em geral vem passando por diversas transformações – naturais e positivas. Considerando além dessa variável a etnografia presente através da globalização, os diferentes mercados de atuação, as diferentes culturas nacionais e biográficas (especialmente da liderança), creio que muitas empresas estão no limiar entre um ambiente condicionador e uma cultura condicionante.
Assim, entendo que a comunicação interna pode ser melhorada se atuarmos fortemente em sua dimensão formativa: estimulando as transformações no ambiente e consolidando a cultura desejada para a organização. Citando novamente Schein: “O sistema de trabalho é pretendido independente dos participantes, mas tem que ser legitimado pelos participantes.”
Proponho uma reflexão a partir de um paralelo entre o conceito de negócios (mercado, marca, produto) e o conceito de cultura organizacional (forma de atuação, valores e diretrizes). Penso que a Cultura Organizacional e o negócio são duas faces da mesma moeda. Um não existe sem o outro.
Ambos os conceitos repercutem, na prática, o jeito de ser empresa. Um com nuanças mais acentuadas para o público interno, outro para o público externo. No entanto, tanto Negócio como Cultura organizacional abarcam todos os nossos