Complexidade do viver coletivo
Para discorrer sobre o viver coletivo, precisaremos antes refletir o indivíduo e como ele se forma.
A personalidade é algo tão complexo que não existe consenso sobre ela. Há diversas teorias como a psicodinâmica (onde a personalidade é uma organização dinâmica), a cognitiva (em que as características do indivíduo são constituídas racionalmente pelo próprio sujeito), a comportamental (onde a personalidade é expressa pelo comportamento observável) e a Rogeriana ou da fenomenologia (onde a personalidade é um processo sempre em formação). O que diferencia estas teorias é o peso dos determinantes externos (sociais, culturais, históricos, ideológicos) ou internos (pulsões, instintos, características herdadas).
Estes determinantes externos são base para o estudo da Psicologia Social, que deve ser interdisciplinar, já que os determinantes internos (medos, desejos, ambições, necessidades, vaidades) são projetados no externo, contribuindo para sua formação, e esse mundo social influencia nossa estrutura pessoal, criando um ciclo constante. indivíduo e a sociedade interagem e não se isolam. Segundo Marx, o homem é no sentido mais literal, um zoon politikon, não só animal social, mas animal que só pode isolar-se em sociedade.
Jean Jacques Rousseau, desenvolveu a idéia de que a sociedade deve ser regida por um contrato social, em que cada indivíduo renuncia algo de si em prol do bem comum. A partir daí Rousseau prescreveu a maneira de se constituir a sociedade, onde o todo seja contemplado e os diretos dos cidadãos defendidos. Logo, cada sociedade tem o seu contrato específico, baseado em sua cultura, valores, governança e etc.
E conforme descrito na bandeira nacional brasileira, a sociedade precisa de ordem para garantir o progresso.
Por isto tudo, percebe-se que os limites entre o social e o psíquico se confundem, se fundem e nos confundem. Pela complexidade é um tema que não se esgota, sendo ainda mais dinâmico com o intercambio