Comparação de matrix com o mito da caverna de platão
Na Matrix, as pessoas estão alienadas. Elas acreditam no que veem sem questionar. Porém, algumas pessoas conseguem perceber essa ilusão. Essa pessoa, no filme, é o Neo. Neo é um hacker e um criador de programas de realidade virtual. É um perito capaz de rivalizar com a própria Matrix. Por ter um poder semelhante ao dela, ele sempre teve dúvidas quanto a realidade em que vivia. Quem o ajuda a perceber a verdadeira realidade é Morfeu. Ele lhe mostra a Matrix, fazendo-o ver que esse tempo todo ele estava adormecido vivendo a mercê da máquina.
A relação com o mito da caverna é clara. A Matrix é a própria caverna, os seres humanos são os prisioneiros, as correntes são as crenças que condicionam nossa visão de mundo. São as propagandas utilizadas pelo sistema para nos obrigar a olhar em uma só direção. As sombras são a realidade ilusória que guia a nossa vida. O conhecimento produzido dentro da caverna ou da Matrix é o conhecimento do mundo sensível, ou seja, dos cinco sentidos. Este é o mundo prazeroso. É bem mais fácil acreditar nas aparências e no que estamos sentindo agora. É mais fácil fazer o que todos fazem, compartilhar as mesmas opiniões e os mesmos preconceitos.
Então, um dos prisioneiros decide sair da caverna. Para isso há uma caminhada dolorosa. Como ficou sua vida inteira preso, é evidente que o corpo vai sentir dor em seus primeiros movimentos. E quando vence o obstáculo do muro, sente a dor da luz nos olhos quando sai da caverna. Ele leva um tempo para se acostumar e poder ver as coisas como elas realmente são. Neo é o prisioneiro que escapa da Matrix. É dolorido se desconectar do sistema e, é claro, seria mais cômodo para