Filosofia de Matrix

A palavra Filosofia significa amizade pela sabedoria (CHAUI p 25.2005). A Filosofia nasceu na Grécia com o objetivo de superar o pensamento mítico predominante na região. Nesse contexto, os primeiros filósofos indagavam as pessoas sobre vários conceitos e crenças que elas tinham e propunha uma nova maneira de pensar esses assuntos, uma maneira racional. Nesse trabalho iremos abordar conceitos filosóficos que nos ajudam a pensar de maneira diferente varias opiniões que temos. Para isso iremos relacionar o filme Matrix com textos de Marilena Chauí extraídos de seu livro Convite à Filosofia.
Conceituando Matrix como um mundo de sonhos gerado por um computador e que foi feito para controlar a humanidade, podemos fazer várias relações do filme com a Filosofia. A primeira pergunta que Morfeu faz a Neo no filme é “o que é real”? Essa pergunta também faz parte do discurso de grandes filósofos como Platão, pois este em seu texto O mito da caverna também nos leva a pensar a questão da realidade e da verdade. Logo podemos fazer uma comparação do Mito da Caverna com o Filme Matrix, ao considerarmos a metafísica de Platão podemos dizer que os prisioneiros são os ignorantes, já no filme, eles são representados pela humanidade prisioneira das máquinas tiranas. Na fala de Platão as correntes, são os vícios ou as crenças que dificultam o acesso ao conhecimento. Na Matrix, elas são a ilusão da realidade e da rotina. As sombras são as únicas coisas que os prisioneiros veem no texto de Platão e por isso é natural que acreditem que elas são a realidade. Na Matrix os seres humanos também são enganados pelos sentidos, pois estes pensam que tudo que eles veem e sentem e real.
Entretanto mudar uma crença ou uma opinião não e uma tarefa fácil. No filme Morfeu mostra para Neo que o mundo virtual (ou o mundo da ilusão) e mais seguro e o mundo real é cheio de riscos e quando Neo é retirado de Matrix seus olhos doem o que nos mostra que sair da ilusão também pode gerar dor. Chauí mostra em