Matrix e a Filosofia
“Nem todo tipo de dúvida é filosófica. A duvida filosófica propriamente dita surge de uma necessidade inquietante de explicação racional por algo da existência humana que se tornou incompreensível.”
A dúvida verdadeiramente filosófica é aquela que favorece a construção da inteligência e do espírito da razão sobre questões teóricas para todo nós. Perguntas como por exemplo: “Porque tanta maldade?” “Quem sou eu?” “O que é um ser humano?” “O ser humano tem uma essência? Ela é boa ou ruim?” são consideradas filosóficas.
A duvida filosófica não é portanto uma coisa vazia, fútil e sem fundamento. A pessoa que a pratica tem o objetivo de se articular racionalmente no sentido de construir uma explicação sólida e bem fundamentada, um conhecimento claro e confiável sobre o tema discutido. O exemplo de dúvida que vamos conhecer e traçar paralelos com o filme Matrix é a dúvida metódica, ou duvida hiperbólica.
A dúvida metódica, criada por René Descartes, tenta duvidar até da própria existência. Também é chamada de hiperbólica, porque é maior do que o normal, maior do que o esperado, é exagerada, se desconfia de tudo.
Descartes também começou a pensar que poderia estar sonhando. O que parece realidade, poderia passar de nada mais que um sonho da cabeça humana, mostrando que para ele, nada poderia garantir que o que percebia ao seu redor não era uma ilusão.
No filme assistido, Matrix, vemos o personagem Neo, tendo muitas dúvidas acerca de sua existência. Ele se pergunta o que é realmente a realidade, e o que seria a Matrix. Por causa de sua dúvida, ele começa a buscar respostas e acaba encontrando Morfeu, um homem que o leva a caminho da verdade.
Vemos que, no início, tudo para Neo parece ser um sonho. Em um momentos as coisas acontecem e em outro, ele acorda no seu quarto, dentro de casa.
No início do filme, Neo tem uma escolha: Tomar a pílula azul e fazer tudo o que tinha passado até ali virar sonho ou Tomar a pílula