Como os políticos do Estado Novo interpretavam a representação política?
Como os políticos do Estado Novo interpretavam a representação política?
(Texto: Estado e Partidos Políticos no Brasil(1930 a 1964)- Maria C. Campello de Souza)
Na transição dos anos 20-30, o Brasil é influenciado por um contexto internacional de um período entre guerras, no ápice da Crise do capitalismo com a ameaça do Fascismo e do Comunismo, com os processos de urbanização e industrialização no mundo, priorizando a centralidade do papel do Estado.
Assim há a ocorrência da Revolução de 1930, por meio da ação da Aliança Liberal, levando ao poder
Getúlio Vargas, que promete transformar o país e estruturá-lo para um projeto nacional desenvolvimentista.
Tendo, novamente, a centralização do poder. Essa revolução baseava-se em três doutrinas: o corporativismo, o insulamento burocrático e o universalismo de procedimentos. Respectivamente, o corporativismo é um meio pelo qual se organiza à sociedade em setores da produção, no caso brasileiro adotou-se o corporativismo estatal, ou seja, o Estado era a instituição organizadora dessa sociedade e com base na crítica aos partidos. O insulamento burocrático constitui o rompimento com a política dos estados adotada durante a primeira república, que rompe com a nacionalização da burocracia, que positivamente torna as relações menos clientelistas e mais impessoais; e negativamente ocasiona o maior distanciamento nas relações com a sociedade. E o último e não menos importante foi a padronização dos procedimentos burocráticos em todo território, que buscou uma maior racionalização na administração, impessoalidade e igualdade na relação com o cidadão em todo o território nacional. Assim, inicia-se um processo de criação de Órgão Nacionais para conduzir o novo modelo Estatal e de ministério para dar inicio à um Estado Social.O Governo
Provisório (1930-1934) teve como principais medidas a dissolução do Congresso e a criação do Código dos
Interventores, pelo qual os estados eram governados por